Com 921 mil usuários, comunidade musical encerra atividades no Orkut

Do G1, São Paulo

Os responsáveis pela comunidade “Discografias”, no Orkut, anunciaram na noite de domingo (15) o encerramento das atividades desse grupo que contava com mais de 921 mil usuários e também de outras comunidades relacionadas. Todas elas -- caso de “Trilhas Sonoras de Filmes”, “Trilhas Sonoras de Novelas” e “Índice Geral” -- eram gerenciadas pelo grupo de anônimos “Moderação Discografias”. Essas comunidades funcionavam como outras ainda em atividade no Orkut, onde os internautas solicitam e oferecem links para arquivos de músicas que podem ser baixados na web. Grande parte desse conteúdo é protegido pelos direitos autorais e, por isso, essas comunidades podem entrar na mira da indústria fonográfica. No texto em que anuncia o encerramento das atividades, o grupo “Moderação Discografias” afirma que a decisão foi motivada pelas “ameaças” sofridas por parte da APCM (Associação Antipirataria Cinema e Música) e outros órgãos de defesa dos direitos autorais.

Retirada de links
Em resposta, a APCM confirmou nesta segunda-feira (16) que “há alguns meses acompanha e solicita a retirada de links com conteúdo protegido por direitos autorais desta comunidade”. Em nota, a associação disse estar claro que a “Discografias” se dedicava a “disponibilizar músicas de forma ilegal, ignorando todos os canais legais de divulgação e uma cadeia produtiva de compositores, autores, cantores, produtores fonográficos e etc”. “A comunidade, assim como outras fontes de infrações aos direitos de artistas e produtores, foi e continua sendo observada pelo Departamento de Internet da Associação, que considera um avanço positivo a sua exclusão da rede mundial de computadores, destacando existirem meios legítimos para que os internautas tenham acesso à esse tipo de conteúdo musical no Brasil e no mundo”, continua a nota da associação.
Cultura
Os integrantes de “Moderação Anônimos” afirmam que seu trabalho foi árduo para “manter as comunidades organizadas, sem auferir nenhum tipo de vantagem financeira com elas, somente com o intuito de contribuir de alguma forma para a cultura e entretenimento”. “Não é com o fechamento desta comunidade e outras equivalentes que as gravadoras irão aumentar seus lucros. Muitos artistas perderão seus meios de divulgação”, diz o texto do “Moderação Discografias”. “Milhares de membros terão que procurar outras atividades no Orkut que não seja o download de músicas e afins. O número de sites e blogs de conteúdo similar, mais programas como eMule, limewire, de torrents e outros P2P, cresce em progressão geométrica. Perdem eles, perdemos todos, mas enfim, tudo em nome do dinheiro das grandes corporações. Nada em nome da cultura”, continua o comunicado.

Livro mostra como internet, jogos eletrônicos e celulares mudam nossa vida; leia introdução

da Folha Online

Em tempos de internet, jogos eletrônicos, celulares com diversas funções e informação a todo instante, a cultura se adaptou às novas tecnologias e é difícil hoje viver sem a parte digital do segmento de cultura. O livro "Folha Explica A cultura Digital" é editado pela Publifolha explica estas transformações. É escrito por Rogério da Costa, professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica e do Departamento de Ciência da Computação da PUC-SP. A introdução pode ser lida abaixo.

Divulgação
Livro mostra como a internet e as novas tecnologias formam a cultura digital
Livro mostra como as novas tecnologias formam a cultura digital

Não só uma revolução tecnológica, as novas tecnologias digitais de comunicação estão mudando a própria cultura.

O livro discute o impacto de tecnologias como o telefone celular, a TV digital e a internet na sociedade, além das alterações que vêm causando, com o aumento vertiginoso da quantidade de informação e o surgimendo de comunidades virtuais. Tudo de maneira elegante e indo a fundo nos temas, o que faz com que, apesar das mudanças de tecnologia, o livro seja sempre atual.

Como o nome indica, a série "Folha Explica" ambiciona explicar os assuntos tratados e fazê-lo em um contexto brasileiro: cada livro oferece ao leitor condições não só para que fique bem informado, mas para que possa refletir sobre o tema, de uma perspectiva atual e consciente das circunstâncias do país.

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Confira abaixo a introdução do livro:

A cultura da atualidade está intimamente ligada à idéia de interatividade, de interconexão, de inter-relação entre homens, informações e imagens dos mais variados gêneros. Essa interconexão diversa e crescente é devida, sobretudo, à enorme expansão das tecnologias digitais na última década. Com o forte crescimento da oferta e consumo de produtos ditos de última geração, já não se pode mais falar do futuro que bate às nossas portas, mas simplesmente de alguns novos hábitos disseminados entre milhões de pessoas por todo o mundo.

Isso tem alimentado muitas fantasias e gerado grandes expectativas sobre a cultura digital nascente. São visíveis as inúmeras modificações presenciadas na esfera do trabalho, que tem seu dia-a-dia marcado cada vez mais pela forte presença dos computadores, da Internet e dos telefones celulares. No âmbito da educação, milhares de pesquisadores, professores e estudantes de todo o planeta apostam na Internet, enxergando-a como fator tecnológico principal na evolução do ensino à distância e presencial.

As profundas transformações no setor de entretenimento e comunicação também não passam despercebidas. Neste início de século 21, surge uma televisão digital interativa, que pode muito bem tornar-se o símbolo do que se espera, para os próximos anos, em termos de interação com imagens e dados. Além dela, uma epidemia de sem-fio nos aguarda na esquina, pronta para espalhar inteligência entre os aparelhos que nos cercam.

Tais mudanças nos hábitos dos indivíduos não apenas afetam suas vidas num contexto estritamente tecnológico, mas também alcançam as zonas mais amplas de uma autêntica cultura digital. Este pequeno livro pretende guiar o leitor por alguns meandros dessa cultura, analisando práticas que vêm brotando a cada dia e que modificam sorrateiramente a vida de tanta gente.

O confronto cotidiano com o excesso de informação na rede é um desses aspectos. Muitas vezes, buscar uma informação na Web mais se parece com querer encontrar uma agulha no palheiro. Por isso, tentaremos entender por que os agentes inteligentes estão sendo apontados como a luz que ilumina o caminho dos internautas curiosos, dos pesquisadores e de tantos outros em suas tarefas rotineiras.

A proliferação das comunidades virtuais é outro ponto essencial. Veremos como as noções de cooperação, confiança e inter-relação constituem os pilares fundamentais que permitem a indivíduos de todos os cantos do mundo, cotidianamente, colaborarem para a manutenção viva de milhares de comunidades em rede. Cobrindo os mais variados domínios, seja trocando mensagens, seja debatendo questões políticas, seja simplesmente acompanhando uma discussão, pessoas de origens diversas, ao conviverem em comunidades on-line, experimentam esse aspecto tão recente da sociabilidade.

É importante alertar que o leitor não encontrará aqui um texto sobre inovações tecnológicas, apesar de tratarmos de algumas bem importantes. Tampouco terá uma explicação exaustiva sobre uma disputa entre termos tão polissêmicos: interação ou interatividade? Discutiremos aqui, mais do que tudo, o modo que estamos conduzindo e construindo nossas relações em meio aos mais variados artefatos tecnológicos.

"Folha Explica A Cultura Digital"
Autor: Rogério da Costa
Editora: Publifolha
Páginas: 96
Quanto: R$ 18,90

02 Neurônio: Por atenção, internautas postam mensagens no "nick" do MSN

da Folha Online

Muitos internautas aproveitam os sites de relacionamentos e os programas de mensagens instantâneas para chamar a atenção. Eles divulgam problemas pessoais ou fatos de sua rotina a fim de despertar a curiosidade de outras pessoas e atrair comentários.

Para Raq Affonso da coluna e do blog 02 Neurônio, esses detalhes são desinteressantes. "Elas (as pessoas) dão boletins de como estão se sentindo. Inclusive quando colocam o próprio apelido no MSN. Elas colocam 'Raq dor de dente hoje', como se alguém precisasse saber que a pessoa esta com dor de dente", diz a colunista.

Esse tema vai ser abordado por ela, Jô Hallack e Nina Lemos no caderno Folhateen (conteúdo exclusivo para assinantes do jornal e do UOL), desta segunda-feira (2).

Ouça podcasts do 02 Neurônio.


Affonso traça um paralelo da importância desse tipo de informação com as notícias que são discutidas em uma reunião de pauta, em que jornalistas e editores decidem quais fatos serão destaque na imprensa.

"A gente pensou: e uma reunião de pauta com esses nicks? Por exemplo: a pessoa fala 'está deprê'. Por que você vai botar isso no seu Facebook? Para chamar a atenção porque um monte de gente vai começar a comentar. Mas desculpa aí. Está 'deprê' não é pauta, porque todo mundo fica", diz.

Quer ser avisado dos podcasts do 02 Neurônio? Basta utilizar seu canal em RSS. Para aprender a mexer no RSS, clique aqui.

Após protestos, Facebook "democratiza" mudanças no site

da Efe, em San Francisco

O Facebook reagiu às críticas sobre as últimas mudanças feitas nas condições de uso da rede social e anunciou que os usuários terão mais controle sobre o portal e poderão, inclusive, votar em suas futuras políticas de funcionamento.

Em entrevista, Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, disse que essas e outras mudanças que ainda estão sendo implementadas têm o propósito de "abrir a rede social para que os membros possam participar significativamente" do futuro do portal.

Zuckerberg disse que, com a medida, o Facebook busca se tornar mais democrático e dá um passo importante rumo à abertura, após as críticas contra a modificação dos termos de uso.

A polêmica começou quando as novas condições davam controle ao Facebook sobre a informação publicada pelos membros na página --inclusive se estes tivessem deixado o portal. O site de relacionamentos possui 175 milhões de usuários.

Após milhares de protestos e muitas contas canceladas, o Facebook voltou aos antigos termos de uso e anunciou uma revisão a fundo do processo.

As principais novidades divulgadas ontem permitirão aos usuários da rede social comentar e votar sobre as futuras normas do site.

No entanto, o Facebook continuará tendo o controle sobre as mudanças que serão submetidas à votação. Os membros da rede social podem publicar suas opiniões sobre os princípios até 29 de março.

Em seguida, o Facebook as estudará e incorporará as ideias em uma nova lista de princípios.